No camarim as rosas vão murchando E o contrarregra dá o último sinal As luzes da plateia vão se amortecendo E a orquestra ataca o acorde inicial No camarim nem sempre há euforia Artista de mim mesmo nem posso fracassar Releio os bilhetes pregados no espelho Me pedem que jamais eu deixe de cantar Caminho lentamente e entro em contraluz E a garganta acende um verso sedutor O corpo se agita e chove pelos olhos E um aplauso escorre em cada refletor Pisando esta ribalta, cantando pra vocês De nada sinto falta, sou eu mais uma vez As rosas vão murchar, mas outras nascerão Cigarras sempre cantam, seja ou não verão Composição: Hermínio Bello de Carvalho/ Cartola
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